segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O filho do Jeca


*fotos: Alexandre Lourenção

Cinema
O filho do Jeca
André Luiz Mazzaropi esteve em Marília durante a Conferência de Cultura
Lídia Basoli


O nome: André Luiz. Tudo bem até aí. Mas o sobrenome entrega a história do André. André Luiz Mazzaropi. Sim, o filho do Jeca.
André nasceu em Taubaté em 1952. Entre os cinco filhos adotivos de Amâncio Mazzaropi, José Batista, Péricles, Pedro e Carlos, André foi o único que seguiu a veia artística do pai.
Aos 11 anos conheceu Mazzaropi quando este filmava em Taubaté “No Paraíso das Solteironas”. De lá pra cá, nunca mais deixou de acompanhar o “pai” e de admirá-lo.
Participou dos filmes “Um fofoqueiro no céu” e “Jeca e seu filho Preto” e acompanhou Mazzaropi pelos grandes festivais do pais. E tem algumas lembranças da cidade de Marília.
“Eu me lembro de Maríia quando vim aqui com o meu pai há muito tempo atrás. Das cores, do Festival da entrega do Prêmio Curumim, era emocionante”, recorda.
André Luís esteve em Marília novamente participando do Fórum dos Dirigentes Culturais no final de semana passado. Estava sentado conversando com todos que o reconheciam ou que queriam saber um pouco mais do filho do Jeca, e do próprio Jeca.
André tem uma fala calma ao contar as histórias do Mazzaropi e suas próprias também, e assim como todos os artistas está em busca de melhores condições de trabalho para a cultura do país. “Faz 28 anos que me apresento como o “Filho do Jeca” e com a apresentação em Maracaí há duas semanas, somam-se 1524 espetáculos”, conta orgulhoso.
Qual o segredo das apresentações durarem tanto? “É falar a língua do povo. Esse amor que eles têm pela história do meu pai é que me move”, disse.
André passa pelas cidades apresentando o projeto “Tem um Jeca na Cidade” e “Mostra de Cinema Mazzaropi”. O show é um monólogo cômico e musical apresentado por André adaptado do texto original de Mazzaropi.
Diz que adora se vestir de Jeca e que a sua formação de vida se deve ao Mazzaropi. “Ele me pegou pelas mãos e me transformou no homem que eu sou. Eu venho buscando ações políticas e culturais para preservar a história do meu pai”, diz emocionado.
Despede-se com um abraço e um pedido: “Vamos fazer o show do ‘Filho do Jeca’ em Marília?”
E por que não?
matéria feita em julho de 2009.

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