segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Jazz







fotos: Alexandre Lourenção
Música
Do Jazz ao popular: Trio Curupira inova e agrada
Lídia Basoli

Formação clássica: piano, violão e bateria. Quem vê o Trio Curupira no palco pela primeira vez pode pensar: “só três músicos e três instrumentos?”. Pois, é. Mas que pensou isso, pensou errado.
André Marques, Fábio Gouvêa e Cleber Almeida formam um trio. Mas quando começam a tocar, parecem que tem mais músicos presentes no palco. O Trio Curupira nasceu em 1996 fruto da ideia de três amigos que queriam pesquisar mais sobre a música genuína no Brasil.
E o nome? De onde vem? O nome do grupo foi escolhido por se referir ao personagem mítico do folclore brasileiro encarregado de proteger as florestas e os animais. O trio assumiu uma missão semelhante: a defesa da música e da cultura brasileira.
No palco, em todos os cantos há instrumentos: rabecas, pandeiros, tambourins, flautas e muito som. Os músicos já fizeram apresentações com Jane Duboc, Paulo Amorim e faziam parte do seleto grupo de Hermeto Pascoal. Os três dão aulas de música no Conservatório Dramático e Musical de Tatuí.
“Nós gostamos de música, de ouvir música, brincar com os sons, a harmonia. No nosso trio, não cabe o preconceito”, diz Cléber Almeida. Por isso se ouve de tudo um pouco quando o Trio Curupira começa a tocar.
O CD “Pés no Brasil, Cabeça no Mundo”, que recebeu a indicação ao Grammy Latino 2008, mostrou músicos talentosos e empolgados. André no piano, Fábio no violão, guitarra e flauta e Cléber na bateria.
A turnê de apresentação do CD incluiu a Argentina, onde os músicos se apresentaram e fizerem sucesso. Diferente do Brasil? “Um tanto”, constata André, “não que lá seja melhor, mas aqui as coisas têm outro ritmo e pouco incentivo”.
“Pés no Brasil, Cabeça no Mundo” é o terceiro CD do Trio lançado em 2007 que já lançou também “Curupira” em 2001, o primeiro com a participação de Hermeto Pascoal e Desinventado em 2003.
Durante a apresentação no Sesi CAT Lázaro Ramos Novaes na semana passada, houve uma mistura de vários sons, ritmos e músicas. Tanto próprias quanto de outros autores. Tocaram Fio de Luz de autoria de Fábio Gouvêa, Tito que André fez para o filho e fizeram novos acordes para “Samba de uma nota só” de Tom Jobin. Além é claro de uma moda de viola, de Carreirinho, avô de André e Assum Preto.
O que se pôde ver foi um espetáculo. Colorido musicalmente.
Para adquirir o CD e conhecer mais do trio acesse: www.triocurupira.com.br

matéria feita em agosto de 2009

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